Tradicional empresa do setor de satélites (e recentemente adquirida pela Viasat), a Inmarsat lançou nesta semana o projeto Elevate no Brasil e na América Latina. O objetivo é de apoiar o desenvolvimento do ecossistema de Internet das Coisas utilizando conexão satelital, especialmente para soluções nas verticais de mineração, agronegócio e logística.
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Segundo contou em entrevista ao TELETIMEnesta sexta-feira,28,o diretor de desenvolvimento de mercado da Inmarsat,Steven Tompkins,o programa em si já está em prática há seis meses,mas o evento ocorrido na última quarta-feira,26,serviu como um ponta-pé para a região. “O Elevate é um programa de desenvolvimento:se quiser usar o satélite,os engenheiros vão suportar para otimizar os produtos,funcionando com a tecnologia em uma experiência transparente. Se você é um fazendeiro ou operador de trem de carga,não quer saber se é satélite. Quer que funcione“,afirma.
O ecossistema da operadora conta com cerca de dez parceiros globais em diferentes verticais,mas a ideia é que empresas latino-americanas também entrem no projeto. “Queremos ter muitos provedores locais”,diz. “Os parceiros locais são importantes porque as tecnologias são específicas. A agricultura brasileira é diferente,a [aplicação para] cana de açúcar é diferente. Tem de ser relevante“,diz. O executivo explica,contudo,que a iniciativa também tem um marketplace,permitindo que o cliente possa utilizar a mesma solução em qualquer lugar do mundo.
A Inmarsat não abre os números da receita no País,mas Tompkins diz que o Brasil tem sido um mercado “de muito crescimento”para a empresa,especialmente nas áreas de energia,agronegócio e logística. A aposta em IoT neste momento acontece após recentes avanços que tornaram as operações com a tecnologia mais viável,como reduções do Fistel tanto para V-SATs quanto para terminais máquina-à-máquina. “Impostos têm sido um desafio principalmente quando fala em importar hardware,mas algumas questões tem sido aliviadas,e temos uma rede de distribuição bem ampla tentando passar por essas questões”,disse ele a este noticiário.
O diretor da operadora diz que há interesse no mercado,sobretudo nas áreas de agricultura de precisão,tratores inteligentes e mesmo automação de veículos em mineradoras. Nesse cenário,ele entende que a conexão satelital pode ser uma solução viável. “O estado do Mato Grosso é um dos maiores do agro,mas tem apenas 20% do território com conexão confiável”,diz,referindo-se ao acesso terrestre móvel e fixo. “O que vemos é a conexão satelital ser efetiva nas áreas onde não tem [outros meios],porque a infraestrutura de celular é muito cara,e é difícil de manter,então o total cost of ownership (TCO) é mais efetivo no satélite”.
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