quarta-feira, setembro 18, 2024
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Entrevista de técnica sobre Node.js: Perguntas e respostas

Separamos algumas perguntas comuns e importantes para uma entrevista técnica para desenvolvedor Node. É importante saber explicar estes conceitos na teoria e na prática.

Confira as principais questões e uma explicação com exemplos dos conceitos apresentados em cada potencial pergunta técnica.

VAI GOSTAR: Desenvolvedor FullStack.

O que é Node.js e por que é usado?

Node.js é um ambiente de tempo de execução JavaScript de código aberto construído sobre o motor JavaScript V8 do Google Chrome. Ele permite que os desenvolvedores criem aplicativos de rede escaláveis e de alto desempenho usando JavaScript tanto no lado do cliente quanto no lado do servidor.

Node.js é usado por várias razões:

Eficiência no desenvolvimento: como o JavaScript é uma linguagem de programação popular e amplamente utilizada, os desenvolvedores podem usar as habilidades que já possuem em JavaScript para criar aplicativos de servidor e web.

Alta escalabilidade: Node.js permite a criação de aplicativos escaláveis, capazes de lidar com um grande número de solicitações simultâneas sem diminuir o desempenho.

Alta performance: o modelo de entrada/saída de E/S não bloqueante de Node.js e o uso de um loop de eventos baseado em assinatura de eventos tornam a comunicação de rede altamente eficiente.

Ecossistema vasto: Node.js possui um vasto ecossistema de módulos e pacotes de terceiros, disponíveis através do NPM (Node Package Manager), que podem ser facilmente integrados em um projeto.

Multiplataforma: Node.js é multiplataforma, o que significa que pode ser executado em vários sistemas operacionais, incluindo Windows, macOS e Linux.

Node.js é uma tecnologia amplamente utilizada no desenvolvimento de aplicativos modernos baseados na web, incluindo aplicativos de e-commerce, de mídia social, de mensagens instantâneas e de gerenciamento de conteúdo.

Como você pode lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js?

Em uma aplicação Node.js, é comum lidar com erros de tempo limite ao fazer chamadas de rede ou execução de tarefas que levam mais tempo para serem concluídas. Para lidar com esses erros, existem algumas estratégias que os desenvolvedores podem seguir. Vou dar um exemplo prático de como lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js usando o módulo request como exemplo:

const request = require('request');

const options = {
url: 'https://www.exemplo.com',
timeout: 5000 // tempo limite de 5 segundos
};

request(options, function(err, res, body) {
if (err) {
if (err.code === 'ETIMEDOUT') {
console.log('A solicitação excedeu o tempo limite.');
} else {
console.log('Erro na solicitação:', err.message);
}
} else {
console.log('Corpo da resposta:', body);
}
});

Neste exemplo, estamos usando o módulo request para fazer uma solicitação HTTP GET para o URL especificado, com um tempo limite de 5 segundos. Se a solicitação exceder o tempo limite especificado, o callback passado para a função request será chamado com um objeto de erro contendo o código ETIMEDOUT. Podemos usar essa informação para lidar com o erro de tempo limite, como exibindo uma mensagem de erro apropriada. Se houver outro tipo de erro, podemos tratá-lo de forma diferente.

Essa é apenas uma das muitas maneiras de lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js. Outras estratégias incluem a configuração de tempos limite em nível de sistema operacional ou de infraestrutura, a divisão de solicitações em várias partes menores e a implementação de estratégias de backoff. A escolha da estratégia depende do tipo de aplicação e das necessidades específicas da empresa que está desenvolvendo a aplicação.

Por exemplo:

Configuração de tempos limite em nível de sistema operacional ou de infraestrutura:

Uma maneira de lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js é configurar os tempos limite em nível de sistema operacional ou de infraestrutura. Por exemplo, no Linux, você pode definir o tempo limite TCP padrão para todas as conexões de saída do sistema para 15 segundos, digitando o seguinte comando:

sudo sysctl -w net.ipv4.tcp_syn_retries=2
sudo sysctl -w net.ipv4.tcp_synack_retries=2
sudo sysctl -w net.ipv4.tcp_fin_timeout=15

Essa configuração pode ajudar a evitar a perda de conexão devido a timeouts. No entanto, deve-se ter cuidado ao fazer essas configurações, pois elas podem afetar outras partes do sistema operacional ou infraestrutura.

Divisão de solicitações em várias partes menores:

Outra estratégia para lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js é dividir solicitações em várias partes menores. Por exemplo, se uma solicitação HTTP GET leva muito tempo para ser concluída, podemos dividir a solicitação em várias solicitações menores, cada uma solicitando uma parte menor do recurso. Em seguida, podemos reunir as respostas e apresentá-las ao usuário como uma única resposta.

Implementação de estratégias de backoff:

Uma terceira estratégia para lidar com erros de tempo limite em uma aplicação Node.js é implementar estratégias de backoff. Isso envolve a tentativa de reenviar a solicitação após um período de tempo definido, em vez de interromper imediatamente a solicitação. Por exemplo, se uma solicitação falhar devido a um erro de tempo limite, podemos tentar novamente após um período de tempo crescente (por exemplo, 1 segundo, 2 segundos, 4 segundos etc.) até que a solicitação seja bem-sucedida. Isso ajuda a evitar sobrecarregar o servidor com várias solicitações repetidas e a aumentar a taxa de sucesso geral da solicitação.

Quais são os módulos e pacotes mais usados em Node.js?

Node.js possui um grande ecossistema de módulos e pacotes, e a escolha dos mais usados pode variar dependendo do projeto e do contexto em que está sendo utilizado. No entanto, existem alguns módulos e pacotes que são amplamente utilizados pela comunidade Node.js. Aqui estão alguns dos mais populares:

Express: O Express é um dos frameworks web mais populares em Node.js, oferecendo uma maneira fácil e rápida de construir aplicativos web.

Mongoose: O Mongoose é um ODM (Object-Document Mapper) para MongoDB, permitindo que os desenvolvedores definam esquemas de dados e modelos para acessar o banco de dados MongoDB de uma maneira mais fácil e eficiente.

Async: O Async é um pacote que fornece uma maneira fácil de lidar com código assíncrono em Node.js, oferecendo funções de controle de fluxo, como map, reduce, filter, entre outras.

Lodash: O Lodash é um pacote de utilitários que oferece uma ampla gama de funções úteis para trabalhar com objetos, matrizes, cadeias de caracteres, funções, números e outros tipos de dados.

Socket.IO: O Socket.IO é uma biblioteca que permite a comunicação em tempo real entre o servidor e o cliente, permitindo que os desenvolvedores criem aplicativos web em tempo real, como chats e jogos online.

Request: O Request é um pacote que permite fazer solicitações HTTP de maneira fácil e eficiente, oferecendo suporte para autenticação, cookies, SSL e outros recursos.

Body-parser: O Body-parser é um pacote que analisa o corpo da solicitação HTTP e o transforma em um objeto JavaScript, permitindo que os desenvolvedores trabalhem com facilidade com dados enviados pelo cliente.

Esses são apenas alguns exemplos dos módulos e pacotes mais populares em Node.js. Há muitos outros, como Moment.js, Nodemailer, Winston, Joi e muitos mais, cada um com seu próprio propósito e recursos específicos.

Como você pode lidar com solicitações simultâneas em uma aplicação Node.js?

Lidar com solicitações simultâneas em uma aplicação Node.js é importante para garantir a escalabilidade e a eficiência da aplicação. Aqui estão dois exemplos práticos, um básico e um avançado, de como lidar com solicitações simultâneas em Node.js:

Exemplo básico: usando clusters

Uma maneira simples de lidar com solicitações simultâneas é usar a API de clusterização do Node.js. Essa API permite que você execute vários processos do Node.js em paralelo, cada um atendendo a solicitações separadas. O código a seguir é um exemplo básico de como usar clusters em Node.js:

const cluster = require('cluster');
const http = require('http');
const numCPUs = require('os').cpus().length;

if (cluster.isMaster) {
console.log(`Master ${process.pid} is running`);

// Fork workers
for (let i = 0; i < numCPUs; i++) {
cluster.fork();
}

cluster.on('exit', (worker, code, signal) => {
console.log(`worker ${worker.process.pid} died`);
});
} else {
// Worker processes have a http server.
http.createServer((req, res) => {
res.writeHead(200);
res.end('hello world\n');
}).listen(8000);

console.log(`Worker ${process.pid} started`);
}

Nesse exemplo, o processo principal cria vários processos filhos, cada um executando um servidor HTTP separado. Isso permite que vários clientes se conectem e recebam respostas simultaneamente.

Exemplo avançado: usando o pacote “cluster”

Um exemplo mais avançado é usar o pacote “cluster”, que é uma biblioteca de gerenciamento de cluster que oferece recursos avançados para lidar com solicitações simultâneas. Ele oferece uma API simples para criar e gerenciar clusters, bem como recursos avançados, como balanceamento de carga, comunicação entre processos e reativação de processos mortos.

const cluster = require('cluster');
const http = require('http');
const numCPUs = require('os').cpus().length;

if (cluster.isMaster) {
console.log(`Master ${process.pid} is running`);

// Fork workers
for (let i = 0; i < numCPUs; i++) {
cluster.fork();
}

cluster.on('exit', (worker, code, signal) => {
console.log(`worker ${worker.process.pid} died`);
cluster.fork();
});
} else {
// Worker processes have a http server.
http.createServer((req, res) => {
res.writeHead(200);
res.end('hello world\n');
}).listen(8000);

console.log(`Worker ${process.pid} started`);
}

Nesse exemplo, o pacote “cluster” é usado para criar e gerenciar o cluster. Além disso, é implementado um mecanismo de reativação de processos mortos, o que garante que o servidor permaneça em execução, mesmo se um ou mais processos falharem. O pacote também inclui recursos de balanceamento de carga, que podem ajudar a distribuir a carga entre os processos, tornando a aplicação mais escalável e eficiente.

O que é uma Promise em Node.js e como ela é usada?

Em Node.js, uma Promise é um objeto que representa a eventual conclusão ou falha de uma operação assíncrona e retorna um valor ou erro. Ela é usada para lidar com operações assíncronas em Node.js de forma mais clara e organizada.

Aqui estão dois exemplos, um básico e um avançado, de como as Promises são usadas em Node.js:

Exemplo básico: usando Promise para executar uma operação assíncrona :

function fetchData() {
return new Promise((resolve, reject) => {
setTimeout(() => {
const data = 'Dados de exemplo';
if (data) {
resolve(data);
} else {
reject('Erro ao buscar dados');
}
}, 2000);
});
}

fetchData()
.then(data => {
console.log(data);
})
.catch(error => {
console.error(error);
});

Nesse exemplo, a função fetchData() retorna uma Promise que simula uma operação assíncrona, que neste caso é apenas uma espera de dois segundos. Quando a operação é concluída com sucesso, a função chama o método resolve da Promise, passando os dados recuperados como argumento. Se ocorrer um erro, a função chama o método reject com uma mensagem de erro.

A chamada fetchData().then() é usada para tratar o resultado bem-sucedido da Promise, enquanto a chamada .catch() é usada para tratar o caso de falha.

Exemplo avançado: encadeando Promises

As Promises também podem ser encadeadas para executar operações assíncronas em sequência. Aqui está um exemplo avançado de como encadear Promises em Node.js:

function getUser(id) {
return new Promise((resolve, reject) => {
setTimeout(() => {
const user = { id: id, name: 'John' };
if (user) {
resolve(user);
} else {
reject('Erro ao buscar usuário');
}
}, 2000);
});
}

function getPosts(user) {
return new Promise((resolve, reject) => {
setTimeout(() => {
const posts = ['Post 1', 'Post 2', 'Post 3'];
if (posts) {
resolve({ user: user, posts: posts });
} else {
reject('Erro ao buscar posts');
}
}, 2000);
});
}

getUser(1)
.then(user => {
console.log('Usuário encontrado:', user);
return getPosts(user);
})
.then(result => {
console.log('Posts encontrados para o usuário', result.user.name, ':', result.posts);
})
.catch(error => {
console.error(error);
});

Nesse exemplo, a função getUser() retorna uma Promise que simula a busca de um usuário pelo ID. A função getPosts() retorna uma Promise que simula a busca de posts do usuário. As Promises são encadeadas usando a função then(), que recebe o resultado da Promise anterior como argumento.

VAI GOSTAR: Como trabalhar com Promises JavaScript?

Como você pode fazer logging em Node.js?

O logging é uma prática importante em qualquer aplicação Node.js, pois permite que você registre informações relevantes sobre o funcionamento da aplicação, como erros, avisos e informações de depuração. Aqui está um passo a passo prático para fazer logging em Node.js:

Passo 1: Instale um pacote de logging

Existem muitos pacotes de logging disponíveis para Node.js, como o winston, bunyan e pino. Para este exemplo, usaremos o winston. Para instalar o pacote, abra o terminal e execute o seguinte comando:

npm install winston

Passo 2: Configure o logger

Configure o logger, especificando os níveis de log que deseja registrar, o formato do log e o destino do log (console, arquivo, banco de dados, etc). Aqui está um exemplo de configuração simples para o winston:

const winston = require('winston');

const logger = winston.createLogger({
level: 'info',
format: winston.format.combine(
winston.format.timestamp(),
winston.format.json()
),
transports: [
new winston.transports.Console()
]
});

Neste exemplo, o nível de log é definido como ‘info’, o formato de log inclui o carimbo de data/hora e os logs são enviados para o console.

Passo 3: Use o logger em sua aplicação

Agora que o logger está configurado, você pode usá-lo em sua aplicação para registrar informações relevantes. Aqui está um exemplo de como usar o logger para registrar um aviso:

logger.warn('Este é um aviso!');

O resultado será algo como:

{"level":"warn","message":"Este é um aviso!","timestamp":"2022-04-27T12:34:56.789Z"}

Passo 4: Registre informações adicionais

Você também pode adicionar informações adicionais aos logs, como dados do usuário, informações de requisição, etc. Aqui está um exemplo de como adicionar informações adicionais aos logs:

const userId = '12345';
const requestUrl = '/api/users';

logger.info(`Usuário ${userId} acessou a URL ${requestUrl}`);

O resultado será algo como:

{"level":"info","message":"Usuário 12345 acessou a URL /api/users","timestamp":"2022-04-27T12:34:56.789Z"}

Passo 5: Gerencie os logs

Finalmente, gerencie os logs de forma adequada, arquivando-os regularmente e limitando seu tamanho para evitar o acúmulo excessivo de logs. Existem muitas ferramentas de gerenciamento de logs disponíveis, como o Logrotate, que pode ser usado para automatizar o processo de arquivamento e exclusão de logs antigos.

Com esses passos, você pode facilmente implementar o logging em sua aplicação Node.js e registrar informações relevantes para ajudar no processo de depuração e monitoramento da aplicação.

Conclusão

É importante lembrar que as perguntas podem variar dependendo do nível de experiência do candidato e das necessidades específicas da empresa que está realizando a entrevista. Além disso, é provável que sejam feitas perguntas sobre habilidades relacionadas, como JavaScript, banco de dados e infraestrutura de nuvem.

VAI GOSTAR: Quais são as boas práticas no desenvolvimento com Node?

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