No Gartner IT Symposium/Xpo™ 2024, realizado entre os das 21 e 24 de outubro em Orlando, na Flórida, a consultoria apresentou as 10 tendências tecnológicas que irão impactar empresas globalmente até 2025.
As inovações abordam desde IA autônoma e plataformas de governança de IA até a segurança contra desinformação, com tecnologias que impulsionam a confiança digital. Destacam-se também criptografia resistente à computação quântica, computação híbrida e robôs multifuncionais, que ampliam a produtividade. São elas:
Agente de IA
Os sistemas de Agentes de IA executam ações de forma autônoma para atingir objetivos definidos pelo usuário, funcionando como uma “força de trabalho virtual” que amplia o trabalho humano. Até 2028, O Gartner prevê que 15% das decisões diárias de trabalho serão tomadas por essa tecnologia, que promete sistemas adaptáveis para uma ampla gama de tarefas. Esse potencial de automação está incentivando empresas e fornecedores a desenvolverem práticas robustas e confiáveis para sua implementação, com vistas a aumentar a produtividade em toda a organização de maneira segura e eficiente.
Plataformas de governança de IA
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Ver ProdutoAs plataformas de governança de IA, integradas ao AI Trust, Risk, and Security Management (TRiSM) do Gartner, ajudam as organizações a monitorarem o desempenho legal, ético e operacional de suas soluções de IA. Com recursos que criam e aplicam políticas para uso responsável, elas promovem transparência e responsabilidade nos sistemas de IA. Até 2028, o Gartner prevê que empresas com governança robusta de IA terão 40% menos incidentes éticos relacionados à IA do que aquelas sem esses sistemas.
Segurança contra desinformação
A segurança contra desinformação é uma tecnologia emergente que visa avaliar a confiabilidade das informações, garantir integridade, autenticar fontes e monitorar a disseminação de conteúdos prejudiciais. Segundo a Gartner, até 2028, 50% das empresas devem adotar soluções para enfrentar a desinformação, em contraste com os atuais 5%. O avanço das ferramentas de IA para usos mal-intencionados aumenta os riscos de desinformação corporativa, podendo causar impactos graves e duradouros se não for contido.
Criptografia pós-quântica
A criptografia pós-quântica oferece proteção resistente à descriptografia por computação quântica, cujos avanços ameaçam métodos tradicionais de criptografia. Como a migração para novas técnicas exige tempo, as organizações devem se preparar para proteger dados sensíveis. A Gartner prevê que, até 2029, a maior parte da criptografia assimétrica atual se tornará vulnerável devido ao progresso quântico.
Inteligência ambiental invisível
A inteligência invisível ambiental utiliza tags e sensores ultrabaixos para fornecer rastreamento e detecção acessíveis em larga escala. Essa tecnologia permitirá uma integração fluida da inteligência em atividades cotidianas. Até 2027, os primeiros casos de uso focarão em soluções práticas, como controle de estoque no varejo e logística de perecíveis, promovendo visibilidade e eficiência em tempo real.
Computação com eficiência energética
Em 2024, a pegada de carbono é a principal preocupação das organizações de TI, especialmente em aplicações de alto consumo de energia, como IA, simulação e renderização de mídia. A partir do fim da década de 2020, tecnologias emergentes, como aceleradores ópticos e neuromórficos, devem reduzir o consumo energético em tarefas específicas, contribuindo para uma TI mais sustentável.
Computação híbrida
Novos paradigmas de computação estão emergindo, como unidades de processamento central, unidades de processamento gráfico, computação em borda, circuitos integrados específicos de aplicativos, e abordagens neuromórficas e quânticas. A computação híbrida combina esses diferentes mecanismos de computação, armazenamento e rede para resolver problemas complexos. Essa abordagem permite que as organizações superem as limitações tecnológicas atuais e potencializem inovações em áreas como inteligência artificial, criando ambientes transformadores mais eficientes e com desempenho superior aos convencionais.
Computação espacial
A computação espacial integra o mundo físico e virtual por meio de tecnologias como realidade aumentada e virtual, proporcionando uma interação avançada entre essas experiências. Nos próximos cinco a sete anos, espera-se que essa tecnologia aumente a eficácia organizacional por meio de fluxos de trabalho simplificados e colaboração aprimorada. Segundo o Gartner, até 2033, o mercado de computação espacial deverá alcançar US$ 1,7 trilhão, um crescimento significativo em relação aos US$ 110 bilhões de 2023.
Robôs polifuncionais
Máquinas polifuncionais são capazes de executar múltiplas tarefas, substituindo os robôs específicos que realizam uma única função repetidamente. Essa versatilidade aumenta a eficiência e proporciona um retorno sobre investimento mais rápido. Projetados para interagir com humanos, esses robôs permitem uma implantação ágil e escalável. Segundo o Gartner, até 2030, 80% das pessoas se envolverão diariamente com robôs inteligentes, um salto significativo em relação a menos de 10% atualmente.
Aprimoramento neurológico
O aprimoramento neurológico utiliza tecnologias que leem e decodificam a atividade cerebral por meio de interfaces cérebro-máquina unidirecionais e bidirecionais (BBMIs). Essa tecnologia tem um enorme potencial nas áreas de qualificação humana, marketing de próxima geração e desempenho. Ela melhora as habilidades cognitivas, permitindo que marcas compreendam melhor os pensamentos e sentimentos dos consumidores, além de otimizar as capacidades neurais humanas. O Gartner prevê que, até 2030, 30% dos trabalhadores do conhecimento dependerão dessas tecnologias para se manterem relevantes em um ambiente de trabalho cada vez mais dominado pela IA, um aumento significativo em relação a menos de 1% em 2024.
“Acompanhar essas tendências que irão gerar disrupções e oportunidades significativas para os CIOs e outros líderes de TI nos próximos 10 anos ajudará esses os líderes a moldar o futuro de suas organizações com inovação responsável e ética,” disse Gene Alvarez, vice-presidente e analista do Gartner.
Por Karen Kornilovicz
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